domingo, 27 de novembro de 2011

Os cinco alicerces da autoestima

“Ser consciente da própria personalidade e agir sem medo do julgamento dos outros.” Isso é muito mais do que uma simples definição: é conhecer a si mesmo, é ser livre das expectativas e dos julgamentos, é encontrar o próprio talento e não ter medo de expressá-lo. Somente assim poderemos ser felizes...


Muito se escreve sobre autoestima, mas sabemos de verdade do que se trata? Hoje, nesse momento da nossa vida, podemos afirmar que temos uma boa autoestima? Quantas vezes acontece, quando as coisas estão indo bem, por exemplo, no trabalho, de nos sentirmos felizes, enquanto, no dia seguinte, por causa de uma discussão com o chefe, é como se o mundo acabasse? Isso acontece porque damos muito mais valor ao nosso desempenho, ao poder que possuímos, aos agrados ou às críticas que recebemos dos outros, aos resultados que conseguimos. Mas a autoestima não tem nada a ver com isso. Podemos defini-la assim:


- a conscientização de ter valor, independentemente do que fazemos, das atitudes que tomamos e do que os outros dizem de nós;


- a somatória das capacidades internas, dos relacionamentos com os outros, baseados na profunda e intensa percepção de nós mesmos, que se manifesta por meio de atos em sintonia com a nossa essência, por como ela é, aqui e agora;


- a capacidade de nos colocarmos de forma complementar aos acontecimentos, sem por isso nos sentirmos à mercê deles;


- a capacidade de mudar de postura e pensamento, compatível com a nossa evolução e crescimento.


Por isso, os cinco alicerces da autoestima são:


1) Conhecer a si mesmo: desenvolver a capacidade de se desprender das coisas materiais, vivendo a sensação de intenso e íntimo bem-estar, independentemente dos fatores externos.


2) Conhecer o universo: viver em equilíbrio consigo e com o mundo, sem passar o tempo se questionando sobre o porquê vive ou sofre, mas “dançando conforme a música”, sem julgamentos, aproveitando o máximo do que a vida tem de bom a oferecer.


3) Ser consciente: não viver seguindo princípios morais predefinidos, mas estar presente ao que acontece ao seu redor, agindo conforme o momento e o bom senso, sem pré-julgamentos: dessa forma, nos regeneramos e nos reconstituímos permanentemente.


4) Ser livre: viver livre dos rótulos, dos preconceitos, das ideologias e dos valores pré-concebidos; ter liberdade com as paixões, com os sentimentos, para que sejam vividos de forma ativa e não passiva; ter liberdade para consigo mesmo.


5) Encontrar o próprio talento: desenvolver a capacidade de se renovar e de se recriar: aproveitar a própria criatividade em tudo aquilo que se faz, tanto nas coisas mais simples, como nas atividades mais complexas.


Leonard F. Verea é médico psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão, Itália. Especializado em Medicina Psicossomática e Hipnose Clínica; é membro de diversas entidades nacionais e internacionais.

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